Em maio de 2008, não me lembro exatamente a data, lembro apenas que a noite estava iniciando, eu havia chegado à pouco tempo do serviço, e estava preparando o jantar, para meu irmão, minha cunhada e eu.
Os dois, conversavam com amigos no portão de casa, nossa relação estava um tanto estremecida, estávamos de fato magoados um com o outro, não me lembro o que estava pensando, lembro apenas que vi minha cunhada sorrir, e olhar através do vitrô da cozinha dizendo: _ Você vai ser titia!
Eu gelei, primeiro porque ela estava falando comigo, após uma discussão horrível que havíamos travado dias antes, depois porque fiquei pensando nas consequências que essa criança sofreria, nascendo numa família toda desestruturada como a nossa.
Olhei receiosa para o meu irmão, ele apenas sorriu, demonstrando toda felicidade que um futuro pai, pode expressar.
Eu decidi não acreditar.
Porém demorei para pegar no sono naquela noite, o inverno estava se anunciando.
E eu orgulhosa como sou, não esbocei nenhuma alegria, apenas critiquei antes de ir para o quarto: _ Trazer filho no mundo para sofrer.
Estou certa que eles interpretaram esse comentário como despeito, porque não consegui ser mãe, e agora era tarde demais, pois já estava no auge dos meus 48 anos, o máximo que eu consegui foi ter ficado literalmente para TITIA.
Como a insônia não me dava trégua, iniciei uma oração, porém meu coração estava aflito demais, e a única coisa que consegui, foi rezar para S.Miguel, S.Gabriel e S.Rafael, para que protegesse aquele outro anjo que estava sendo gerado de maneira tão inconsequente e perigosa, porque sua mãe era dependente químico, e este vício havia dilacerado a nossa familia, e eu temia por aquela vida que ela trazia no ventre.
A noticia não mudou o meu comportamento como os dois esperavam, pois ambos sabiam do grande amor e apego que tenho por crianças, e que elas inevitavelmente me retribuem, eu olhava para a barriga dela quando a mesma estava distraída, e não via nenhum sinal de gravidez, devido ao uso da droga, ela estava muito, muito magra, era impossível que naquela barriga reta, vivesse alguém.
Passaram-se algumas semanas, um dia vislumbrei uma pequena elevação em seu abdomem, meu coração saltou, e no meu mais profundo ser eu concluí: "MEU DEUS É VERDADE!"
Porém eu não dava o braço a torcer, e não falava nem com ela, nem com ele sobre o bebê.
Entretanto numa madrugada, eu sonhei com ele: (estava sentada à beira de um rio, a água era barrenta, turva, e a correnteza era lenta, havia um garotinho ao meu lado, sua idade era aproximadamente 3 anos, ele tinha uma varinha na mão, olhando para mim, ele atirou a varinha na água do rio, e pediu que eu a pegasse, e eu com atitude firme, lhe respondi que não iria pegar, porque foi ele quem jogou, então ele começou a me enfrentar, dizendo que era para eu pegar, fazendo cara de choro, tipo birra, eu olhei fixamente para ele e repeti que não iria pegar a tal varinha).
Acordei com a certeza de que o bebê que iria nascer na nossa família seria um menino.
Então naquela tarde, quando voltei do trabalho, encontrei sua mãe sóbria, preparando o nosso jantar, me sentei próximo dela na cozinha, e lhe perguntei se já tinha pensado em um nome para o seu filho, ela me respondeu que até então só tinha pensado em nomes femininos, então eu lhe questionei e se fosse menino? ela ficou em dúvida e me disse, que tinham me escolhido para ser madrinha, então ficaria assim, se fosse menina ela daria o nome, e se fosse menino, eu o batizaria também com um nome escolhido por mim.
Eu vibrei! porque ele já tinha se revelado para mim.
Os dois, conversavam com amigos no portão de casa, nossa relação estava um tanto estremecida, estávamos de fato magoados um com o outro, não me lembro o que estava pensando, lembro apenas que vi minha cunhada sorrir, e olhar através do vitrô da cozinha dizendo: _ Você vai ser titia!
Eu gelei, primeiro porque ela estava falando comigo, após uma discussão horrível que havíamos travado dias antes, depois porque fiquei pensando nas consequências que essa criança sofreria, nascendo numa família toda desestruturada como a nossa.
Olhei receiosa para o meu irmão, ele apenas sorriu, demonstrando toda felicidade que um futuro pai, pode expressar.
Eu decidi não acreditar.
Porém demorei para pegar no sono naquela noite, o inverno estava se anunciando.
E eu orgulhosa como sou, não esbocei nenhuma alegria, apenas critiquei antes de ir para o quarto: _ Trazer filho no mundo para sofrer.
Estou certa que eles interpretaram esse comentário como despeito, porque não consegui ser mãe, e agora era tarde demais, pois já estava no auge dos meus 48 anos, o máximo que eu consegui foi ter ficado literalmente para TITIA.
Como a insônia não me dava trégua, iniciei uma oração, porém meu coração estava aflito demais, e a única coisa que consegui, foi rezar para S.Miguel, S.Gabriel e S.Rafael, para que protegesse aquele outro anjo que estava sendo gerado de maneira tão inconsequente e perigosa, porque sua mãe era dependente químico, e este vício havia dilacerado a nossa familia, e eu temia por aquela vida que ela trazia no ventre.
A noticia não mudou o meu comportamento como os dois esperavam, pois ambos sabiam do grande amor e apego que tenho por crianças, e que elas inevitavelmente me retribuem, eu olhava para a barriga dela quando a mesma estava distraída, e não via nenhum sinal de gravidez, devido ao uso da droga, ela estava muito, muito magra, era impossível que naquela barriga reta, vivesse alguém.
Passaram-se algumas semanas, um dia vislumbrei uma pequena elevação em seu abdomem, meu coração saltou, e no meu mais profundo ser eu concluí: "MEU DEUS É VERDADE!"
Porém eu não dava o braço a torcer, e não falava nem com ela, nem com ele sobre o bebê.
Entretanto numa madrugada, eu sonhei com ele: (estava sentada à beira de um rio, a água era barrenta, turva, e a correnteza era lenta, havia um garotinho ao meu lado, sua idade era aproximadamente 3 anos, ele tinha uma varinha na mão, olhando para mim, ele atirou a varinha na água do rio, e pediu que eu a pegasse, e eu com atitude firme, lhe respondi que não iria pegar, porque foi ele quem jogou, então ele começou a me enfrentar, dizendo que era para eu pegar, fazendo cara de choro, tipo birra, eu olhei fixamente para ele e repeti que não iria pegar a tal varinha).
Acordei com a certeza de que o bebê que iria nascer na nossa família seria um menino.
Então naquela tarde, quando voltei do trabalho, encontrei sua mãe sóbria, preparando o nosso jantar, me sentei próximo dela na cozinha, e lhe perguntei se já tinha pensado em um nome para o seu filho, ela me respondeu que até então só tinha pensado em nomes femininos, então eu lhe questionei e se fosse menino? ela ficou em dúvida e me disse, que tinham me escolhido para ser madrinha, então ficaria assim, se fosse menina ela daria o nome, e se fosse menino, eu o batizaria também com um nome escolhido por mim.
Eu vibrei! porque ele já tinha se revelado para mim.
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